A Educação Ambiental, como se sabe, visa educar o cidadão para a compreensão dos mecanismos de vida na Terra, assim como possibilitar a conscientização para a preservação do meio ambiente. O projeto em questão, que vem sendo executado com maior dinamismo desde janeiro de 2009, e desenvolvido junto aos estudantes do ensino fundamental, médio e superior, procura integrar as várias áreas do conhecimento (Geografia, História e Educação Física) à proposta ambiental, visando oferecer aos participantes uma visão holística do tema ecológico, favorecendo a interdisciplinaridade e a troca de informações entre Professores de diferentes cursos e demais Profissionais graduados colaboradores da Organização Não Governamental REVER (Remanescente Verde). Seus objetivos básicos são:
- aproveitar o espaço privilegiado da Ilha de Itacuruçá e Vale do Sahy para promover a Educação Ambiental através de atividades ecológicas;
- promover intercâmbio com as comunidades interna e externa destas localidades;
- divulgar os trabalhos realizados no local;
- evidenciar a correlação multidisciplinar na análise do equilíbrio ambiental;
- incentivar o enriquecimento teórico-prático dos visitantes (alunos);
- desenvolver a criatividade nas crianças e/ou alunos;
- estimular a formação de uma consciência ecológica através da manipulação do meio ambiente;
- oferecer treinamento para estagiários e monitores em atividades de Educação Ambiental. O trabalho tem como base por exemplo, uma trilha de interpretação ambiental, onde os visitantes são acompanhados por Profissionais gabaritados, basicamente Professores com Formação Superior em Ciências Biológicas, História e Geografia. No trajeto, os participantes têm contato direto com temas, aspectos e problemas relacionados ao meio ambiente, tais como: urbanização, clima, flora, fauna, assoreamento, desmatamento, poluição, recuperação de áreas degradadas, mata ciliar, qualidade de vida, além de outros conceitos básicos de geografia, geologia, botânica, zoologia e ecologia e História local. Faz parte do programa a visita ao mangue existente na região, onde os participantes recebem noções sobre o citado ecossistema, além de se possibilitar o contato com suas plantas e animais. Além dessas atividades, é oferecida oficina interativa onde, através de atividades lúdicas, os visitantes expressam e/ou reforçam as experiências vividas durante a caminhada. Sendo uma forma de expressão artística individual, enriquecida por emoções e bagagens culturais próprias, essa atividade acaba por fortalecer as metas do programa.
Em estudos realizados por MIRANDA (1997), avaliações feitas durante e após as caminhadas demonstram que projeto dessa natureza vem despertando grande interesse junto ao público, especialmente alunos de 1º e 2º graus, incluindo crianças e pré-adolescentes, que passam a aplicar o aprendizado adquirido durante as caminhadas no dia-a-dia. Dessa forma, procura-se atrair o interesse desta parcela da população, estratégica em termos de reprodução do conhecimento adquirido, no sentido de se promover a conscientização da importância de se conservar o meio ambiente